CONEN BAHIA

CONEN - COORDENAÇÃO NACIONAL DE ENTIDADES NEGRAS-FÓRUM BAHIA

segunda-feira, 12 de março de 2012


Cerveja Devassa terá que alterar propaganda considerada de teor racista
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) determinou que o grupo responsável pela produção da Devassa altere o polêmico anúncio da cerveja Devassa Negra. Segundo o órgão, a propaganda continha informações e associações ambíguas de teor racista e sexista.  A decisão foi comunicada na última quarta-feira (29) à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em resposta ao processo instaurado e encaminhado pelo órgão ao Conar e ao Ministério Público.

Além de evidenciar o corpo da mulher negra, o conteúdo continha a seguinte frase: “É pelo corpo que se reconhece a verdadeira negra. Devassa negra encorpada. Estilo dark ale de alta fermentação. Cremosa com aroma de malte torrado”. O Conar entendeu que as infrações cometidas pela publicidade estão previstas nos artigos do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.

Para o ouvidor da Seppir, Carlos Alberto de Souza e Silva Júnior, houve a propagação de veiculação de uma imagem deturpada da mulher negra. "A frase utilizada na peça associa a imagem de uma mulher negra à cerveja, reforçando o processo de racismo e discriminação a que elas estão submetidas historicamente no Brasil e que é caracterizado, entre outras manifestações, pela veiculação de estereótipos e mitos sobre a sua sexualidade”, considerou.

Atuação do Conar
O Conar é uma organização não governamental cujo objetivo é impedir a publicidade enganosa ou abusiva que cause constrangimento ao consumidor ou a empresas. O órgão é formado por publicitários e profissionais de outras áreas. A missão principal é o atendimento à denúncias de consumidores, autoridades, associados ou formuladas pelos integrantes da própria diretoria. Todas as denúncias passam pela avaliação do Conselho de Ética, com garantia de direito de defesa aos responsáveis pelo anúncio. Uma vez que seja confirmada a denúncia, a organização recomenda alteração ou suspensão completa da veiculação do anúncio. 
Fonte -  Ibahia

quinta-feira, 8 de março de 2012


8 de Março Celebra o Dia Internacional da Mulher, uma Conquista do Movimento Feminista
·       Postado por Claudia Martins em 4 março 2012 às 21:00
Por que Celebramos o Dia Internacional da Mulher
(International Woman's Day)
Há controversas versões e alguns mitos sobre a origem do 8 de Março, mas quando analisamos o histórico de lutas pela igualdade de gêneros ao longo da história da civilização humana, nos envergonhamos das atrocidades que ainda são praticadas contra as mulheres. Uma data para homenageá-las é uma forma de efetivar as lutas e conquistas para pôr fim a tantas práticas abomináveis.

Breve História do 8 de Março
O dia 8 de Março é dedicado a celebrar as conquistas históricas da mulher em todas as esferas da vida social. Desde a descoberta da agricultura pela mulher, na Era do Neolítico até a sua entrada no mercado de trabalho na Era da Revolução Industrial, a mulher não para de marcar posição, a despeito de todas as barreiras que tem enfrentado ao longo do processo civilizatório humano. Há muito a ser feito ainda, particularmente no que diz reapeito à violência que não cessa. No Brasil, a Lei Maria da Penha segue firme nesse combate, mas ainda há muito a conquistar.

Na consolidação dessas conquistas, surge a necessidade de dedicar um dia à Mulher, germinada no século XIX, quando a Revolução Industrial que tem origem na Inglaterra, se estende para os Estados Unidos, França, Alemanha, Japão e Rússia (fase da Segunda Revolução Industrial), e globaliza-se na contemporaneidade. Com o surgimento das fábricas de tecidos as mulheres entraram em massa no mercado de trabalho, submetendo-se às piores condições laborativas.

A versão mais divulgada sobre a origem do 8 de Março, contestada pelos movimentos de mulheres socialistas e comunistas, está ligada a uma tragédia ocorrida em 1857 numa fábrica de tecidos na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, quando um grupo de operárias entrou em greve, ocupando a fábrica para reivindicar melhores condições de trabalho. Pediam: redução da carga horária de trabalho de 16 para dez horas diárias; equiparação de salários com os homens, pois as mulheres chegavam a receber apenas 30% do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de serviço; fim do trabalho infantil, comum nas fábricas do período; tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

Os patrões foram desumanos na repressão ao movimento e trancaram as grevistas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas. No momento do incêndio, era confeccionado um tecido da cor lilás, que deu origem à cor do movimento pelos direitos da mulher em todo o mundo. Mas, em consequência dessa tragédia, foram criados novos conceitos de responsabilidade social e legislação trabalhista, tornando mais dignas as condições de trabalho no mundo.

Em 28 de Fevereiro de 1909 foi celebrado nos Estados Unidos, o primeiro Dia Internacional da Mulher, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória daquelas operárias.

Em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Socialdemocrata alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, propôs o 8 de Março como O Dia Internacional da Mulher, em homenagem àquelas mulheres que morreram na fábrica em 1857.

Para as feministas de esquerda a homenagem se origina na Rússia, quando as comemorações do Dia da Mulher naquele país, foram o estopim da Revolução Comunista de 1917. Naquele 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano e 8 de março pelo calendário gregoriano, que vigora no mundo ocidental cristão), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o Czar Nicolau II, e contra a participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial, precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução Comunista de 1917.

Entretanto, o 8 de Março passou a ser comemorado com mais intensidade na década de 1960 com o fortalecimento do movimento feminista, quando passaram a ser discutidos problemas da sexualidade, da liberdade ao corpo, do casamento e dos jovens.
No Brasil, o movimento feminista ganhou força com a conquista do direito ao voto para as mulheres aprovado pela Constituição de 1932, promulgada pelo presidente Getúlio Vargas. Em 1982 foi criado o Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo; em 1985 foi criada a primeira Delegacia Especializada da Mulher. Em 2006 foi aprovada a Lei Maria da Penha, para combater a violência doméstica contra a mulher. Em 2010, o Brasil elegeu a primeira mulher Presidente do país, Dilma Rousseff. Em seu nome, cumprimentamos as bravíssimas mulheres brasileiras, que hoje chefiam cerca de 30 % dos lares do país.
Por fim, não se sabe com precisão por que o dia 8 de março foi escolhido, mas ele se consagrou ao longo do século XX, quando os movimentos feministas de todos os matizes ideológicos se fortaleceram e se espalharam pelo mundo, e no Brasil não foi diferente. O apoio internacional da Organização das Nações Unidas (ONU), que em 1975 instituiu oficialmente o 8 de Março como o Dia Internacional da Mulher, consagrou a data. Mas independente de uma data, o que importa é que as diferenças de gêneros, raças, etnias, orientação sexual, ideológica, religiosa e a condição sócio-econômica não se transformem em armas de uns contra os outros. Salve 8 de Março ! Mulheres, à luta !


Senado lança programa para promover igualdade de raça e gênero
Data: 08/03/2012
A Ministra Luiza Bairros participou doo lançamento e disse que o Brasil vive hoje um momento extremamente favorável do ponto de vista dos processos de inclusão

Descrição: Senado lança programa para promover igualdade de raça e gênero
Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (7), foi lançado no Senado o Programa Pró-Equidade de Gênero e de Raça, com o objetivo de analisar a estrutura funcional da Casa, corrigir possíveis entraves e promover mudanças administrativas que levem ao aumento da inclusão. Através do programa, o Senado adere a uma iniciativa do Executivo, lançada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.
A senadora Marta Suplicy (PT-SP), 1ª vice-presidente da Casa, citou estatística que aponta que os países de maior equidade apresentam até 25% a mais de produtividade. Ela também saudou a presidente Dilma Rousseff, que, em sua avaliação, abriu o caminho para ampliar a participação das mulheres nos três poderes. “Hoje as meninas vão olhar na televisão e não é um chefe da Nação, é uma chefe da Nação. E isso é um modelo fantástico, que nenhuma de nós imaginou ter”, afirmou a senadora.
Para Eleonora Menicucci, Ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, é um orgulho ter Marta Suplicy como vice-presidente do Senado. Eleonora ressaltou as dificuldades vividas por servidoras e servidores públicos, especialmente quanto ao assédio, e louvou o repúdio à discriminação dentro do Senado. “É fundamental que esta Casa seja um exemplo simbólico da não-permissão destas discriminações no âmbito funcional”, declarou a ministra.
A Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, saudou a consolidação do programa através da adesão do Senado. Ela assinalou a importância do enfrentamento ao racismo e ao sexismo institucional, que, em sua opinião, devem ser avaliados não quanto à atitude de quem os pratica, mas em seus efeitos na vida das pessoas.
Luiza Barros manifestou confiança nos bons resultados do programa: “O Brasil vive hoje um momento extremamente favorável do ponto de vista dos processos de inclusão. Ninguém pode ficar para trás em relação a isso”, avaliou a Ministra Luiza Bairros.
A diretora-geral do Senado, Dóris Peixoto, lamentou que no século 21 ainda ocorra discriminação de gênero e de raça, mas comemorou avanços importantes para o aumento da inclusão. Como exemplo, citou a aprovação pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) de projeto de lei que impõe multa à empresa que praticar discriminação salarial contra mulheres (PLC 130/2011).
A diretora lembrou que o serviço público tem a obrigação de dar o bom exemplo no tratamento equilibrado de gêneros e raças.
“Trata-se, com certeza, de mais um passo, entre os muitos que têm sido dados no programa de modernização administrativa da instituição. Um programa que visa, acima de tudo, construir um Senado moderno, dinâmico e atual”, disse Dóris Peixoto, manifestado esperança de que a prática do Senado seja disseminada para as assembleias legislativas e câmaras de vereadores.
Também participaram da cerimônia as senadoras Ana Amélia (PP-RS), Ana Rita (PT-ES), Ângela Portela (PT-RR) e Lídice da Mata (PSB-BA).

sexta-feira, 2 de março de 2012





Instituto Mídia Étnica lança a campanha ‘Contrarie as Estatísticas’
quarta-feira, 14 / dezembro / 2011 by Ascom
Apresentar ao jovem negro e negra de periferia que outro caminho é possível diferente daqueles apontados por estatísticas e indicadores sociais, é o principal objetivo da campanha “Contrarie as Estatísticas”, lançada nesta semana pelo Instituto Mídia Étnica IME/Correio Nagô. A iniciativa surgiu após a divulgação dos últimos indicadores sociais que apontam o alto risco de vulnerabilidades e desigualdades aos quais a juventude negra brasileira está exposta, a exemplo, do aumento da taxa de homicídios, analfabetismo, gravidez na adolescência, pobreza, entre outros. 
A proposta é trazer referências de jovens negros e negras que vieram de comunidades carentes e que conseguiram driblar estes índices e ocupam lugar de destaque e de decisão na sociedade. Segundo dados do relatório “Situação da Adolescência Brasileira 2011 – O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), atualmente vivem no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos, destes 56,6% são negros. Na Bahia, são aproximadamente dois milhões de adolescentes, deste 78,3% são de garotos e garotas negras. De acordo com dados da agência da ONU, projeções demográficas mostram que o país não voltará a ter uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população. 
“Os jovens negros brasileiros precisam de exemplos que lhes sejam contemporâneos, ou seja, eles precisam saber que podem ser advogados, médicos, jornalistas, publicitários, que eles podem ter ensino superior e, principalmente, que eles podem estar vivos para realizar isso. É por isso que na campanha trazemos como referência, jovens que conseguiram contrariar essas estatísticas, dados estes que na maioria das vezes se transformam em números e mais números ao invés de ações concretas que mudem essa realidade”, explicou a coordenadora executiva do Instituo Mídia Étnica, Ilka Danusa. 
Veja abaixo mais dados sobre as vulnerabilidades que atingem a juventude negra brasileira:

Homícidios
Em quatro anos, a taxa de homicídios entre adolescentes de 12 a 18 anos na Bahia teve um crescimento de quase 400% – em 2004, a taxa medida por 100 mil habitantes da mesma idade era de 8,6, em 2009 a taxa chegou a 31,1. O adolescente negro desta faixa etária tem 3,7 vezes mais risco de ser assassinado em comparação com adolescentes brancos, segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 2009. 
Situação de Rua
São 24 mil meninos e meninas em situação de rua no Brasil, segundo dados de um estudo do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (2011). Entre eles, 70% são meninos. Dos 24 mil adolescentes que estão expostos a todo tipo de violação de seus direitos, quase metade deles (45,1%) tem entre 12 e 15 anos e 72,8% são negros (pretos e pardos). 
Extrema Pobreza (até ¼ de salário mínimo)
A média nacional de adolescentes vivendo em situação de extrema pobreza, em 2009, era de 17,6%. Entre meninos e meninas negras esse índice chega a 22%. Os adolescentes negros que vivem nas regiões Norte e Nordeste são ainda mais vulneráveis. No Nordeste, enquanto 26% dos meninos e meninas brancos eram extremamente pobres, entre os negros, esse índice é de 31,5%. 
Educação
Apesar dos avanços na educação, o percentual de adolescentes entre 16 e 17 anos negros que tinham o ensino fundamental era de 56% em 2009, em comparação aos adolescentes brancos que tem o percentual de 75,6%. No que se refere ao ensino médio, enquanto 60,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos brancos frequentavam as escolas em 2009, entre os adolescentes negros, o índice era de 43,4%. Os adolescentes de 15 a 17 anos brancos atingem 7,8 anos de estudo, em média, e os negros 6,8. 
Gravidez
A taxa de incidência de gravidez na adolescência é maior entre as adolescentes negras, o percentual é 6,1% entre as meninas negras de 15 e 17 anos, em comparação com o índice entre as adolescentes brancas, de 3,9%. 
Mercado de Trabalho
Dados da pesquisa de emprego e desemprego da Região Metropolitana de Salvador , intitulada “A Desigualdade entre Negros e Não-Negros no Mercado de Trabalho”, do Dieese 2009, apontam que a presença negra na População Economicamente Ativa (PEA – 2008) alcança 85,4%. Contudo, a ocupação desta parcela se dá, com frequência, em setores e posições em que os rendimentos são menores (negros: R$ 4,75 e os não-negros: R$ 9,63; as jornadas mais extensas (42 horas semanais para negros e 41 horas para os não negros) e participação em postos de direção (28,4% para não negros e 9,1% para negros).

Informações sobre a Campanha: (71) 9959-2350 \ 8782-7739 – Luciane Reis (Coordenadora da Instituição e da Campanha) 





                                         

Nós, comunidade e organizações de movimento social em defesa da permanência do Quilombo Rio dos Macacos trazemos aqui ao público o nosso entendimento sobre a reunião realizada no dia 27 de fevereiro de 2012 com a Secretaria Geral da Presidência da República, representada por Diogo Santana. Foi afirmado, na referida reunião, pelo Governo Federal que o Quilombo do Rio do Macaco não seria expulso do seu território. No entanto, na prática a União Federal, através da Advocacia Geral da União, contrariando o que se comprometeu com o Quilombo Rio do Macaco, se limitou a fazer um pedido nas ações judiciais que move contra a comunidade de adiamento da expulsão do Quilombo por mais cinco meses. Segundo a União esse seria o prazo necessário para garantir uma retirada pacífica dos quilombolas. Por isso, reafirmamos que o Quilombo Rio do Macaco e seus apoiadores continuam lutando para garantir o direito de permanência da mesma em suas terras, pois querem continuar em seu território tradicional e não vão sair pacificamente. É necessário nos manter em estado de alerta, articulad@s para que o caso não caia no esquecimento e os poderes instituídos se sintam a vontade para tomar as terras do quilombo sem resistência organizada.
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28 de fevereiro de 2012
O governo federal assegurou (dia 27), em reunião no Quilombo Rio dos Macacos, na Bahia, que todos os direitos da comunidade serão preservados. Os moradores do território tiveram também a garantia de que a ordem de reintegração de posse emitida pela Marinha do Brasil, prevista para ser cumprida em 04 de março, está suspensa por cinco meses até a conclusão do Relatório Técnico de Identificação e Delimitação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
23 de fevereiro de 2012
O sol já vai se pondo, e os escravos aproveitam o fim de tarde na senzala para descansar da jornada extenuante. O trabalho no engenho de cana é duro. Açoitados, acorrentados, longe da terra natal, separados de suas famílias, os negros ainda assim jogam capoeira e cultuam seus orixás. Nesse mesmo dia, houve duas fugas na fazenda: Zé Preto tentou sair por trás das amendoeiras de baixo. Almeida, o capitão-do-mato, não teve muita dificuldade: o negro não tinha mais forças, fugiu por desespero. As chibatadas que levou ali mesmo, no mato, foram suficientes para encerrar seu sofrimento e levá-lo para a outra vida. Gangá não teve a mesma sorte: foi para o tronco, e deve ficar lá por dias. Para todo mundo saber o que acontece com escravo fujão. Num lugar não muito distante dali, cerca de 300 anos depois, a situação não mudou muito. Para os moradores do Quilombo Rio dos Macacos, foi como se a escravidão tivesse acabado e depois voltado. Alguns ainda possuem fotos de seus bisavós vestidos com trapos trabalhando na fazenda. Os mais idosos se lembram do jongo, da capoeira e do samba-de-roda na comunidade. Da época em que eram felizes, na sua roça, com seu pescado, sua dança e sua religião. Há cerca de 30 anos, voltaram a ser cativos.
Publicado por: camila em Notícias.  marcador Tags  bahia - racismo ambiental - destaquenoticias - quilombo dos macacos.
3 de novembro de 2011
O GT Combate ao Racismo Ambiental e todas as entidades e pessoas que vêm acompanhando e apoiando, com suas assinaturas, adesões e divulgação, a situação da comunidade Quilombola de Rio dos Macacos têm motivo para comemorar: mais uma etapa da batalha foi vencida e temos, agora, um prazo para garantir às famílias todos os seus direitos. A “ordem de despejo” concedida dia 20 pela juiz Evandro Reimão dos Reis contra a Comunidade foi adiada por quatro meses, tempo necessário para que os órgãos públicos envolvidos nas diversas etapas de demarcação e titulação façam seu trabalho. O auto-reconhecimento da comunidade pela Palmares foi publicado no DOU do dia 4 de outubro; cabe agora ao Incra dar o próximo passo.