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segunda-feira, 2 de abril de 2012
Morre o cantor e compositor baiano Ederaldo Gentil
Um dos maiores nomes do samba baiano, morreu por falência múltipla de órgãos
Morreu
nesta sexta-feira (30), aos 68 anos, devido a falência múltipla dos
órgãos, o sambista Ederaldo Gentil. Cantor e compositor da geração mais
talentosa do samba baiano, Ederaldo Gentil nasceu no dia 7 de setembro
de 1943. Ao lado de nomes como Edil Pacheco e Batatinha se notabilizou
como um dos maiores sambistas da Bahia. Gravado por Clara Nunes, o maior
sucesso de Ederaldo foi o poético samba "O Ouro E A Madeira", que
trazia a letra "O ouro afunda no mar, madeira fica por cima, ostra nasce
do lodo, gerando pérolas finas". O enterro está marcado para este
sábado (31), às 16 horas, no Cemitério do Campo Santo.
Foto: Reprodução
Antes
de se enveredar pela música teve uma rápida passagem pelo mundo da
bola, atuando como meia-esquerda no Esporte Clube Guarany, onde fazia
dupla com o ex-jogador André Catimba (que mais tarde fez história no
Esporte Clube Vitória). Consta que Ederaldo Gentil chegou também a
treinar no Vitória. Foi na música, no entanto, que acançou seu primor
profissional.
Lançou
cinco discos, entre álbuns de carreira e coletâneas, com apenas dois
deles sendo editados em CD, além de um compacto simples. A estreia foi
o compacto simples "Triste samba/O ouro e a madeira", lançado em 1973
pela Chanteclair, no qual apresentou o maior sucesso da carreira. Em
1975, também pela Chanteclair, lançaria o primeiro disco "Samba, Canto
Livre de um Povo", que também trazia a clássica "O Ouro E A Madeira.
Ainda pela Chanteclair, lançou, em 1976, "Pequenino". Seis anos depois,
em 1983, soltou o álbum "Identidade", pela Nosso Som Gravações e
Produções.
Muitos
anos depois, em 1999, a Copene - Companhia Petroquímica do Nordeste
lançou em CD o álbum "Pérolas finas". Produzido pelo amigo Edil Pacheco,
o disco, uma espécie de tributo, trazia nomes como Gilberto Gil, João
Nogueira, Luiz Melodia, Elza Soares, Carlinhos Brown e Beth Carvalho
cantando suas composições.
Em
1998, a EMI lançou o disco "Diplomacia", de Batatinha, que trazia
Ederaldo ao lado do próprio Batatinha, além de Nélson Rufino, Walmir
Lima, Edil Pacheco e Riachão na faixa "De revólver não". O disco trazia
ainda uma de suas parcerias com Batatinha, "Ironia", interpretada por
Jussara Silveira. Atualmente, um projeto da Garimpo Discos está em curso
para relançar numa caixa os quatro discos do sambista.
Deprimido
e desanimado com a vida artística, Ederaldo se isolou e viveu durante
os últimos anos uma espécie de exílio voluntário em sua casa no bairro
da Vila Laura, onde residia com a irmã Denise Gentil e outros
familiares. Doente, passou muitos anos sem
Fonte: Correio da Bahia
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